Texto por: Ana Gabriela Kalil

Na tarde de hoje (2), a NHL anunciou as novas medidas de segurança contra COVID-19 para a temporada 21-22, que se inicia no próximo dia 12 de outubro. 

Entre as novas medidas de segurança anunciadas, está a permissão concedida aos times da liga para suspender os jogadores não vacinados que não estão “aptos a participar das atividades”. Isso inclui situações nas quais o jogador não pode viajar por causa de regulamentações locais, provinciais/estaduais ou federais. Nesse caso, o jogador “perderia o equivalente a um dia de pagamento por cada dia”.

As novas medidas de segurança contra COVID-19 para a temporada podem ser vistas como um grande passo, levando em consideração as diferentes leis e regras abordadas entre Estados Unidos e Canadá dentro da própria NHL. Os general managers foram avisados sobre essa possibilidade durante uma conferência online em Julho e passaram a informação adiante para seus jogadores.

Existem algumas exceções como, por exemplo, jogadores não vacinados por conta de motivos médicos ou “crenças religiosas severas”. 

Se algum jogador com a vacinação completa tem um caso positivo de COVID-19 após realizar os testes, sua condição “deverá ser tratada como uma lesão relacionada ao hóquei” pela CBA.

Os jogadores não vacinados que não se enquadram nas situações descritas acima, não serão pagos se assim for estabelecido por seus times, “baseando-se nas probabilidades, o jogador falhou ao cumprir com as regras deste protocolo de forma que implicaria razoavelmente no seu contágio de COVID-19 ou qualquer outra doença resultante ou relacionada.”.

Gary Bettman e Donald Fehr anunciam as novas medidas de segurança para a temporada 21-22
Gary Bettman, comissário da NHL, e Donald Fehr, diretor executivo da NHL Player’s Association. Foto: Gene J. Puskar/Sportsnet

Outras medidas de segurança contra COVID-19 a serem destacadas

  • Qualquer jogador que opte por não participar da temporada 21-22 por não ter se vacinado ou ainda não apresentar a vacinação completa “mas que pode estar com um membro da família com quem compartilha sua casa apresentando riscos elevados de um estado grave por conta da COVID-19” tem até o dia primeiro de outubro para cancelar sua participação. O time em questão tem até 30 dias para decidir se o contrato do jogador será suspenso (basicamente, colocando-a para 22-23) ou se a temporada será removida do contrato. Qualquer cancelamento implicaria diretamente na não-participação do jogador em outras ligas ou nas Olimpíadas.
  • Qualquer pessoa cujo trabalho, função, posição ou acesso implique em uma interação pessoal (de no mínimo 3 metros) com profissionais de áreas operacionais (incluindo jogadores) deve apresentar vacinação completa.
  • Jogadores vacinados serão submetidos a testes de PCR a cada 72 horas, tal medida podendo ser alterada conforme as coisas progredirem. Já os jogadores não vacinados serão testados diariamente. 
  • Há, ainda, regras mais rígidas para os jogadores não vacinados. Na estrada, não poderão adentrar “locais fechados” que não sejam o hotel da equipe, instalações de treino ou arenas dos jogos. Também não estão autorizados a usar a academia, piscina, sauna ou outras instalações do hotel. Não podem permitir a entrada de colegas de time, funcionários da equipe ou outros visitantes em seu quarto de hotel, com exceção de familiares totalmente vacinados. Além disso, também não estão autorizados a sair do hotel para comer ou comprar comida ou ir a quaisquer bares e restaurantes (dentro ou fora do hotel) abertos ao público. Por fim, também não podem pegar comida, exceto onde o restaurante disponibiliza a “retirada na calçada” (ou serviços semelhantes) que não exijam a entrada no restaurante principal. 

Este texto foi traduzido, para ler o original acesse o link.

Foto: Gene J. Puskar/Sportsnet